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quarta-feira, 9 de abril de 2014

FRITOS NA HORA - Room 237 (2012) - Por Daniel Guerra

Posted by Pasteleiro On 12:00 0 comentários

Lembro da primeira vez que vi "O Iluminado" de Stanley Kubrick, a molecada toda reunida para assistir um cultuado filme de terror de um diretor que não conhecíamos muito, mas baseado num livro de Stephn King. O cara que tinha nos presenciado com tenebrosas histórias como Cemitério Maldito, It, Carrie a estranha e Christine e certamente esse filme seria garantia de mais uns sustos e o medo que ficaria do desconhecido e que foge do controle do ser humano.




O resultado foi morno. Alguns acharam péssimo, outros regular, e não saciou a sede de quem esperava ver um Michael Myers, uma aranha alienígena, ou algo mais concreto que ficasse mais próximo da compreensão. E é nessa intangibilidade onde mora a preciosidade da obra prima.
Anos mais tarde, pude conhecer o trabalho do mestre Stanley Kubrick mais a fundo e saber do preciosismo nos detalhes e simbolismos de suas obras. Talvez O iluminado seja o filme onde ele mais trabalha suas metáforas visuais, enriquecendo a estória com detalhes que não são percebidos ao assisti-lo uma só vez. Um filme denso e sem respostas óbvias que conta sua estória em camadas.

E é aqui que entra Room 237:


O documentário de Rod Ascher apresenta cineastas, jornalistas entre outros profissionais em depoimentos que retratam o impacto do filme ao assistí-lo pela primeira vez, um desconforto que gerava discussão e novas investidas para melhor entendimento e construindo suas teorias (algumas mirabolantes) sobre a obra. Nazismo, colonização da américa e a chegada(?) do homem a lua (meu momento preferido) são apenas alguns dos temas levantados, mostrando que o Iluminado é um filme para ser visto e revisto diversas vezes, pois cada visualização revela um detalhe despercebido que colabora com a construção do todo.





Uma coisa que aprendi com o tempo, é que definitivamente O Iluminado não é um filme para moleques.






Escrito por Daniel Guerra

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