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BIRDMAN O GRANDE GANHADOR DO OSCAR

Leia o que achamos do filme que ganhou os prêmios de melhor filme e diretor

PODCAST COM OS MELHORES E PIORES DO ANO

Quer dar risadas e receber umas dicas de filme então entre e se divirta

TIM BURTON UM GÊNIO DESGASTADO?

Um grande diretor em um mau momento ou sempre uma enganação?

OSCAR 2015 - Tudo sobre a premiação

Tudo que você sobre como foi a premiação

QUEM VOCÊ MAIS ODEIA EM GAME OF THRONES?

Vejam a lista dos personagens mais perversos da série

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Posted by Pasteleiro On 14:00 0 comentários

FRITOS NA HORA - Selvagens (2012)

Às vezes as pessoas acham que todo filme com mais de duas horas é bom, afinal ele tem bastante tempo para desenvolver a história e gerar empatia com o público, podendo assim conquistar mais quem está assistindo e trabalhar mais o roteiro.




Esse aqui é um exemplo de filme longo que poderia ter uma história mais curta. Dirigido pelo cult Oliver Stone, a história do longa acompanha uma dupla de maconheiros (interpretados por Taylor Kitsch e Aaron Taylor-Johnson) que estão se dando tão bem nos negócios que acabam despertando a atenção de uma violenta organização de traficantes, que tem como líder a perigosa Elena (Salma Hayek). Não bastasse esse tremendo problema, eles ainda têm de lidar com Ophelia (Blake Lively), uma linda garota que seduziu os dois amigos e forma com eles um interessante triângulo amoroso.





No elenco, além dos já citados ainda temos John Travolta no papel de um cínico agente do FBI e Benício Del Toro no papel de Lado, um capanga de Elena, que com certeza é para mim um dos vilões mais repugnantes de 2012, e mesmo em um filme fraco como esse tem uma presença muito boa.




Na minha percepção o filme é muito interessante, mas se arrasta demais na relação da Ophelia com os caras. Não explora tanto personagens mais interessantes como Lado, Elena e o agente do FBI interpretado por Travolta - todos com tramas bem mais interessantes que as do assim chamado “trio de protagonistas”.


Escrito por Fábio Campos

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Posted by Pasteleiro On 14:00 0 comentários

FRITOS NA HORA - A irmã da sua irmã (2011)

Acho que estavam todos na mesa e alguém diz:

- Sabe caras, uma vez bebi demais e catei a irmã de um mina que eu gostava.

E então um “Jênio” responde:

- Nossa, que loco! Isso devia ser um filme!

E então aconteceu, acho que só assim se explica um roteiro tão raso quanto discurso de cigano Igor.




Jack (Mark Duplass) é um cara que está depressivo após a morte do irmão e recebe o conselho da sua melhor amiga Iris (Emily Blunt) para passar uns dias no chalé da família dela. Chegando lá ele se depara com Hannah (Rosemarie DeWitt), a irmã de Iris. Papo vai, papo vem e acabam transando.




A situação se complica quando Iris também resolve aparecer no chalé, decidida a fazer uma revelação.




Agora pense num filme que enrola, enrola e não sai do lugar. A história simplesmente fica num ponto que você não entende como alguém filmou aquilo e pensou que iam gostar. Talvez com um pouco mais de esforço o longa ficasse no mínimo mais interessante.


Escrito por Fábio Campos

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Posted by Pasteleiro On 14:00 0 comentários

FRITOS NA HORA - Ferrugem e Ossos (2012)

Stéphanie (Marion Cotillard) é uma bela mulher, independente e ousada, que um dia conhece Alain (Matthias Schoenaerts), um segurança de boate agressivo, que junto com seu filho mora na casa da sua irmã. Após um terrível acidente, o destino de Stéphanie e Alain acabam se cruzando e acabam desenvolvendo um estranho laço de amizade.




Eu gostei muito do filme, achei que ele soube ser romântico sem ser água com açúcar. A história não é sobre uma mulher que se supera após um acidente, ou sobre um pai que reconquista o amor do filho, ou mesmo sobre duas pessoas diferentes que se apaixonam. Saque só: o essencial da trama é a forma como os protagonistas encaram o mundo - a amizade deles se fortalece porque Stéphanie é gentil e doce e Alain é um bruto, que ignora completamente as necessidades dela, seja como mulher ou como deficiente, e após o acidente que ela sofreu era exatamente isso que ela queria: uma pessoa que a desejasse sem ter pena dela.




Devo destacar ainda que o desconhecido para alguns Matthias Schoenaerts está ficando especialista em fazer tipos brutos, no ano passado ele interpretou um personagem bem parecido em Bullhead, um longa Belga muito xodebola e que comentei no blog.

O filme é muito legal e as atuações estão perfeitas sem ser muito dramáticas, mas cruas. Você consegue enxergar os personagens como são e a forma como eles agem.




É uma boa opção para quem quer assistir um filme fora do circuito do cinema norte-americano.


Escrito por Fábio Campos

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Posted by Pasteleiro On 21:02 0 comentários

BORDA DO PASTEL - Oscar 2013

E o Oscar passou. E o que isso mudou?

Bem, na verdade não tivemos muitas novidades. Com essa enxurrada de prêmios que acontecem antes dele, acaba que todo mundo tem uma noção de quem vai ganhar. Além disso, este ano tivemos várias categorias que estavam na cara quem seria o vencedor. Assim, não foi surpresa ver o Daniel Day Lewis ganhar como melhor ator, nem a Anne Hathaway como melhor coadjuvante, muito menos Amor ganhar como melhor estrangeiro e nem mesmo a canção original ficar com a midiática Adele.




Então quais foram de fato as surpresas? Tivemos um empate em edição de som (como se alguém realmente estivesse ligando para isso né?). Sendo assim, a maior delas ficou na categoria de melhor diretor em que o competente Ang Lee ganhou o prêmio, pela sua bela fábula “As aventuras de PI”.

Nas outras categorias, nada de novidade: a nova namoradinha dos EUA, Jennifer Lawrence, ganhou como melhor atriz. O amigo do Tarantino, Christopher Waltz, levou a estatueta por “Django” e o diretor ficou com o prêmio pelo roteiro adaptado. Nas categorias técnicas tivemos uma boa vantagem de “As aventuras de Pi”, longa que faturou 4 Oscars, e foi o que saiu com mais estatuetas na noite. Em segundo lugar tivemos um empate entre “Argo” e “Os miseráveis”, e depois vem o grande fogo de palha: “Lincoln”, que parecia que ia arrasar, mas no final acabou empatado em premiações com o espetacular “Django”. Ainda para fechar, “O lado bom da Vida”, “Amor” e “A hora mais escura” ganharam um prêmio cada um, sendo somente o belo mas simples “Indomável Sonhadora” o zerado da noite.




O apresentador Seth Macfarlene fez um trabalho mediano, que não acrescentou muito à cerimonia. Eu, particularmente, só gostei da parte inicial em que ele interage com o William Shatner, de resto foi muito apagado.




Não sei quanto a vocês, mas achei poucos momentos legais na cerimônia em si, como comentei gostei da abertura brincando com a viagem no tempo, gostei da parte que o elenco de “Os miseráveis” canta e também da apresentação da Adele, de resto nada me empolgou. Mas ainda devo elogiar que não houve nenhum discurso chato e longo de algum membro da academia, coisa que iria ser mais um momento zZZZzzzzZZZZz.


Escrito por Fábio Campos

Posted by Pasteleiro On 14:00 0 comentários

FRITOS NA HORA - O homem com os punhos de ferro (2012)

Assistir um filme desses é lembrar na hora daqueles filmes de artes marciais antigos.

Então temos vilões estereotipados, lutas surreais e atuações canastronas - por isso é complicado assistir ao longa levando ele a sério; fica mais interessante se você já assistiu “Django”, pois fica aquela impressão de estarmos vendo a versão pobrinha do sucesso do Tarantino (que também teve uma participação na produção do filme).




Na história somos apresentados a três figuras heroicas: O Ferreiro (interpretado por RZA, rapper que também dirige o filme e que fez a trilha de “Django”), que é basicamente o “homem sem nome” da história, que tem um passado misterioso, X-Blade (Rick Yune) que representa o lutador oriental que teve o pai morto por uma facção de criminosos, e por fim Jack Knife (o bonachão Russell Crowe), uma espécie de caçador de recompensas.





Em relação à história, o longa é muito fraco. A trama é bem rasinha e os efeitos são em alguns momentos bem toscos. Mas vale para quem curte boas lutas e atuações canastronas.




Vale destacar que o elenco, que conta com a presença ilustre de Crowe, ainda tem Lucy Liu, quase que repetindo seu papel em “Kill Bill”, só que bem mais boazinha (mas não menos mortal).


Escrito por Fábio Campos

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Posted by Pasteleiro On 23:30 0 comentários

VIDEOCAST ESPECIAL DO OSCAR 2013 - COMPLETO

E fiquem aqui com todos os vídeos que gravamos sobre o Oscar que está acontecendo agora


PRIMEIRA PARTE



SEGUNDA PARTE



TERCEIRA PARTE



Apresentação e Roteiro: Fábio Campos e Rodrigo Moia
Produção: Felipe Simon e Marcel Marques

Posted by Pasteleiro On 12:38 0 comentários

VIDEOCAST ESPECIAL - Oscar 2013 - Terceira Parte

O Oscar é a premiação mais importante e tradicional do cinema, por isso nós não poderiam deixar de falar sobre os indicados, e as chances de cada um.





No último vídeo falando sobre o Oscar, eles fazem suas considerações finais e dão suas opiniões sobre o evento no geral.
Confira!




Apresentação e Roteiro: Fábio Campos e Rodrigo Moia
Produção: Felipe Simon e Marcel Marques

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Posted by Pasteleiro On 14:00 0 comentários

PINGANDO ÓLEO - As sessões (2012)

Sexo é um tema complicado de se trabalhar em um filme, alguns anos atrás o ator Pedro Cardoso questionou a necessidade de explorar sempre o nu e o sexo nos filmes, sendo que muitos diretores estavam inserido cenas sensuais gratuitas na história, sem a real necessidade.




Em “As sessões” o diretor Ben Lewin teve que além de trabalhar com o sexo e a nudez (nesse caso a nudez frontal da Helen Hunt), o delicado processo de encaixar a realidade das pessoas com deficiência física na hora da relação sexual.

Tema cheio de espinhos né? Talvez por isto “As sessões” seja um longa tão chocante, baseado na história real do poeta Mark O'brien, interpretado de maneira brilhante por John Hawkes.




O filme apresenta a sua “terapia” com Cheryl (Helen Hunt, ganhadora do Oscar, e concorrente esse ano por esse papel), as sessões que eles realizam têm como finalidade libertar o lado sexual de Mark. Ainda como contra pronto a essa trama temos a religiosidade dele, explorada pela figura de um padre moderninho, interpretado pelo competente William H. Macy.



Na minha opinião o longa é interessante e é um dos casos que ao contrario do que disse no inicio da resenha, utiliza do sexo e da nudez para explorar a história. A intenção é nos chocar, e nos tirar do lugar comum. É uma boa pedida para conhecer um pouco mais sobre o mundo dos deficientes físicos, só não vale assistir com as crianças na sala ou os pais da namorada.


Escrito por Fábio Campos

Posted by Pasteleiro On 14:00 0 comentários

FRITOS NA HORA - Ruby Sparks (2012)

Esse aqui não é um filme para agradar todos. Duvido que ele possa ser considerado comercial, tem um roteiro ousado que tenta brincar com a realidade do seu próprio jeito e seria uma boa ficção científica se não fosse uma comédia romântica.




No longa, Paul Dano é Calvin, um escritor que tem um jeitão todo Woody Allen de ser: aquele tipo de cara que não se socializa, cheio de manias, que fica achando pelo em ovo. Após publicar um livro de sucesso ele sofre um bloqueio, e começa a escrever, sob o aconselhamento do seu psicólogo, uma história a respeito de Ruby (Zoe Kazan), uma garota que seria a namorada perfeita para ele. Então, como em um passe de magica, a garota se materializa na sua vida.




O filme pode parecer meio estranho, mas garanto que ele se desenvolve de maneira legal, cria certa empatia e acerta ao não querer explicar como Ruby surge - ela simplesmente aparece um dia e o personagem tem que lidar com isso. Uma definição precisa para quem está pensando em assistir ao filme é que ele seria o encontro de “Mulher Nota 1000” com “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembrança”.




Vale a pena para quem está querendo experimentar um filme diferente do que está assistindo, só não espere que ele venha mastigado, muito do longa deixa para quem está assistindo tirar suas conclusões.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Posted by Pasteleiro On 14:00 0 comentários

FRITOS NA HORA - O impossível (2012)

Fazendo um trocadilho infame, é impossível assistir “O impossível” sem se emocionar.



A história da família que se vê separada em meio a uma tsunami é para mim a trama mais tocante do ano passado, com um elenco recheado de bons atores e um efeito especial espetacular. O longa impressiona.

Baseado em fatos reais, nós acompanhamos o drama da família de Henry (Ewan McGregor) e Maria (Naomi Watts), um casal que junto dos seus três filhos estão passando as férias na Tailândia e acabam afetados pelo desastre natural.




Como disse, o longa é um dramalhão, que apesar de se basear em fatos reais aposta (e muito) em chocar quem está assistindo e causar um sentindo de esperança para que aquela família fique junta novamente, eu mesmo me emocionei em diversos momentos.




Ainda como destaque, vale ressaltar a grande atuação de Tom Holland no filme. Ele interpreta o filho mais velho do casal e que de certa forma é o personagem central da história. Afinal, é através dele que vamos vendo a devastação das pessoas e sentimos a sensação de desespero e perda. Uma interpretação digna do novato Christian Bale em “Império do Sol"


Escrito por Fábio Campos

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Posted by Pasteleiro On 14:00 0 comentários

PINGANDO ÓLEO - A hora mais escura (2012)

Difícil ver a diferença entre um documentário e “A hora mais escuro”. Neutro e tentando manter-se distante de criticar as atitudes realizadas para capturar Bin Laden, talvez este seja o motiva de entre os candidatos ao Oscar, ser o mais chato e quadrado, com uma protagonista sem um pingo de empatia e que não gera preocipração, motivação e nada que dê muito valor ao seu grande tempo em cena.




Eu acho que esta falta de empatia com a personagem da Jessica Chastain e a obsessão dela por capturar o Bin Laden acabam deixando a história muito irritante. Em alguns momentos de funcionária ela parece a dona de toda a CIA e FBI, só faltou ela dar um tapa na cara do Obama e exigir mais atitude.




O longa seria um dos principais concorrentes ao Oscar, e com certeza teria muita chance de ganhar, não fosse a polêmica que envolveu o governo americano, que negou toda a história de tortura retratado no filme.




Na minha opinião, só vale assistir “A hora mais escura” para ser encarado como um documentário, que mostra como foi todo o processo de captura do maior inimigo dos EUA. Uma grande história que acho que não está fria o suficiente para gerar um filme interessante.


Escrito por Fábio Campos


Posted by Pasteleiro On 10:32 0 comentários

VIDEOCAST ESPECIAL - Oscar 2013 - Segunda Parte

O Oscar é a premiação mais importante e tradicional do cinema, por isso Fábio Campos e Rodrigo Moia não poderiam deixar de falar sobre os indicados, e as chances de cada um.




Nesse segundo vídeo especial sobre o Oscar 2013, eles conversam sobre quem está concorrendo, e também começam a comentar sobre alguns filmes que mereciam mais antenção e outros que não tanto.




Apresentação e Roteiro: Fábio Campos e Rodrigo Moia
Produção: Felipe Simon e Marcel Marques

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Posted by Pasteleiro On 14:00 0 comentários

PINGANDO ÓLEO - Os miseráveis (2012)

Relutei em assistir “Os miseráveis”, adoro cinema, mas meu ponto fraco são os musicais. Eles simplesmente não “me descem”, acho que muitos são chatos, parados, e acabam por priorizar tanto a voz e a harmonia que acabam atrapalhando a história do filme. Mesmo assim, cumprindo minhas sequencia de longas do Oscar, resolvi me arriscar.




A trama do filme é sobre Jean Valjean (Hugh Jackman), um homem que acabou preso por 19 anos por roubar um pedaço de pão para alimentar os seus sobrinhos famintos. Ele acaba recebendo a liberdade após uma redenção em um convento e se torna um homem do bem, fazendo sucesso na vida. A partir daí a trama progride e partimos para outro momento da história, quando Jean Valjean, utilizando de outro nome e sendo prefeito de uma cidade, começa a despertar suspeita em Javert (Russell Crowe), um agente da policia que reconhece nele o criminoso foragido, em meio a esse jogo de gato e rato ele conhece a prostituta Fantine (Anne Hathaway) e uma promessa que ele a faz dá inicio a uma longa saga de redenção e aventuras.

Devo dizer que adorei o filme e, juntamente com “Django” e “As aventuras de Pi”, forma a tríade dos meus preferidos ao grande prêmio. Gostei muito do Hugh Jackman, sei que ele tem uma relação forte com musicais, e acho que isso o ajudou a se destacar, porém, Anne Hathaway cantando a música que consagrou a desconhecida Susan Boyle, com certeza é uma das cenas mais tristes e belas do longa.




Por falar em tristeza, o filme também sabe divertir. Para isto se apoia nos personagens do Sacha Baron Cohen e da Helena Bonham Carter que dão um espetáculo a parte. Por último, fica o mais injustiçado, Russell Crowe, que foi considerado o pior do filme. Eu não achei motivo para tanta cobrança, simpatizei com seu personagem e creio que mesmo essa diferença para mim passou mais como uma característica do seu personagem que era dentre os protagonistas, o mais compulsivo e severo.




Recomendo este delicioso musical para quem quer assistir a praticamente um espetáculo no cinema. Com uma trama longa mas que se desenvolve de uma maneira que não cansa.


Escrito por Fábio Campos

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Posted by Pasteleiro On 14:00 0 comentários

PINGANDO ÓLEO - As aventuras de PI (2012)

As Aventuras de PI” entre os candidatos ao Oscar de melhor filme, é o que mais quebrou barreiras da realidade. Nem mesmo “Indomável Sonhadora” chegou perto de entregar uma história que tivesse tanto surrealismo caminhando com a trama.




O longa começa apresentando Pi Partel (este interpretado quando velho pelo excelente Irrfan Khan e mais novo pelo novato Suraj Sharma), e através dele vamos costurando a trama do filme e conhecendo pouco a pouco o ambiente em que ele vive e como ele enxerga o mundo. A história se engrena no “ponto chave” quando Pi e sua família resolvem vender os animais de seu próprio zoológico e mudarem para o Canadá. Porém, durante a viagem acontece um desastre e o jovem Pi, acaba sendo o único sobrevivente ficando sozinho e a deriva no mar, tendo como única companhia um tigre chamado Richard Parker.




Devo dizer que não sou fã de muitos efeitos especiais em filmes, acredito que isto por muitas vezes além de não ajudar na trama, estraga o roteiro que fica tão calcado em cenas bonitas que se esquece de contar a história. Essa minha visão eu carrego para muitos filmes como o meu eterno desafeto “Avatar”. Porém, quando algo foge do comum tenho que destacar e confesso que Ang Lee soube de maneira magistral utilizar dos efeitos e do surrealismo para desenvolver com sucesso a trama de “Aventuras de PI”.




Quem for assistir a este filme, que considero um dos mais interessantes concorrentes ao prêmio de melhor filme, se prepare para mergulhar num mundo onde a realidade é deixada para trás logo no início, e só volta a dar as caras lá pelo final, mas de uma maneira tão triste que faz com que desejemos acreditar na fantasia.


Escrito por Fábio Campos

Posted by Pasteleiro On 10:00 0 comentários

VIDEOCAST ESPECIAL - Oscar 2013 - Primeira parte.

O Oscar é a premiação mais importante e tradicional do cinema, por isso Fábio Campos e Rodrigo Moia não poderiam deixar de falar sobre os indicados, e as chances de cada um.




Nesse primeiro vídeo especial sobre o Oscar 2013, eles conversam sobre o que esperam dos apresentadores Seth Macfarlane (Família da Pesada e Ted) e a Emma Stone (Homem Aranha e A Mentira), e também um pouco sobre a queda de audiência que a premiação vem sofrendo ao longo dos anos.
Confira!





Apresentação e Roteiro: Fábio Campos e Rodrigo Moia
Produção: Felipe Simon e Marcel Marques

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Posted by Pasteleiro On 14:00 0 comentários

PINGANDO ÓLEO - Lincoln (2012)

Ver um filme do Steven Spielberg é saber que certos cacoetes e impressões do diretor estarão lá invariavelmente.. É aquela câmera aberta dando uma visão de todo o terreno logo no começo, é um ator que puxará boa parte do elenco e a eterna capacidade de encantar, sim, pois Spielberg consegue isso até no triste A Lista de Schindler.



Lincoln chega como um arrasa quarteirões no Oscar 2013 e tem se lá motivo para isso, Spielberg não economizou em diálogos fortes ou quase motivacionais ao longo do filme, por favor, reparar na cena que ele conversa com dois soldados negros e veja como o diretor consegue imprimir bem a sua marca, a câmera passeia sempre pela cena dando uma noção forte de como tudo ocorreu e fazendo do filme um retrato perfeito de um período e acontecimentos marcantes.



Daniel Day-Lewis funciona no filme quase como um médium recebendo o espirito de Lincoln e fazendo dessa atuação a definitiva em relação ao presidente mais famoso dos EUA.




Lincoln pode não ser o melhor flime da história, mas carrega em si dois gênios que ao trabalharem juntos fizeram um trabalho a ser anotado como uma ótima aula de história.


Escrito por Rodrigo Moia

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Posted by Pasteleiro On 14:00 0 comentários

PINGANDO ÓLEO - Amor (2012)

Alguns dizem que é a passagem da alma para um lugar melhor, outros dizem que a nossa vida acaba ali, sem direito a céu ou ao inferno.

Mas o que esse fato provoca em nossas vidas?Esse é questionamento que deve passar todos os dias pela cabeça do Michael Haneke.




Se em Funny Games o alemão tratou a morte e a violência como meras peças em um jogo que chamamos de vida e em A fita branca passou um filme triste perante os olhos de uma criança, Haneke resolve levar o fim de tudo ao Amor.

Amor, seu novo filme, mostra os efeitos da chegada da morte e os danos que ela pode causar.




Como se quisesse questionar o amor, o sentimento mais puro e forte do ser humano, o diretor alemão joga que nem a vida a dois pode passar incólume a eminente morte ao contar a história de dois idosos e as mudanças provocadas em suas vidas após Anne sofrer um derrame e convalecer aos poucos na cama.


A relação de Anne e Georges dará conta de tudo isso?Se a vida tem um fim devemos crer que o amor também terá?




Amor provoca, intimida e mais do que isso, faz refletir como nenhum outro filme indicado ao Oscar, por isso, se torna um passeio necessário em nossas vidas.


Escrito por Rodrigo Moia

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Posted by Pasteleiro On 14:00 0 comentários

PINGANDO ÓLEO - O lado bom da vida (2012)

O engraçado dos filmes lançados perto do Oscar é que eles têm o efeito de potencializar atuações, no caso do “O lado bom da vida”, tem muita gente enxergando mais talento do que se deve ao Bradley Cooper, como se o cara virasse um grande ator de uma hora para outra.




Neste filme ele faz o papel de Pat, um homem que foi traído pela esposa e teve um ataque, acabando internado em um hospital mental. Após alguns meses sua mãe vai buscá-lo e ele acaba tendo que voltar à rotina da família e se adaptar ao mundo à sua volta, enquanto tenta reconquistar sua ex-mulher.




Talvez o grande erro seja julgar Bradley por seus outros filmes: ele participou de comédias descompromissadas mas participou de filmes interessantes como “Sem Limites” e “As palavras”, situações em que teve de se dedicar mais e entregou papéis melhores do que apresentou em “O lado bom da vida”.




Além disso, a grande estrela do filme é realmente a Jennifer Lawrence, que está muito bem no papel de uma mulher deprimida com a morte do marido. Ainda temos Robert De Niro, que está sendo muito elogiado pela sua atuação, com alguns críticos alegando ser essa sua melhor atuação em anos - coisa que discordo, afinal achei ele melhor em “Being Flynn”. Mas fica assim: “O lado bom da Vida” é aquele filme que está indicado para dar número, tem seus méritos mas não é excepcional.


Escrito por Fábio Campos

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Posted by Pasteleiro On 14:00 0 comentários

PINGANDO ÓLEO - Argo (2012)

Considerado por muitos o melhor filme de 2012, e com sérias chances de ganhar o Oscar deste ano, “Argo” é o auge da carreira de Ben Affleck como diretor.




A trama relata sobre um grupo de americanos, presos na embaixada do Canadá durante a revolta no Irã, esta que foi o estopim para romper todas as relações com os EUA. Buscando uma forma de resgatar os compatriotas, Tony Mendes (Ben Aflleck) elabora um ambicioso plano, que envolve as filmagens de um filme falso no Irã.





Antes de tudo, devo dizer que a trama é muito interessante, e a situação, se não fosse real iria parecer absurda e digna de uma filme de ação- talvez essa seja uma das razões do sucesso de “Argo”.




Apesar do prestígio e prêmios que o filme vem conquistando, não acho que ele seja tão bom quanto vem sendo apontado. Chega a ser chato em alguns momentos, com doses de tensão que dão uma atmosfera forçada à história - em especial a cena do aeroporto, que transforma a fuga em uma situação desesperadora. Não bastasse isso, ao contrário do Clint Eastwood, Ben Aflleck não tem um talento para atuação tão grande, a ponto de se segurar no papel de protagonista. Creio que talvez com um ator mais gabaritado e com mais personalidade, o filme seria mais interessante. Devo ainda destacar, desta vez do lado positivo, que Alan Arkin e John Goodman (que pode pelo segundo ano estar no elenco do vencedor do Oscar, afinal ano passado ele participou de “O artista”) estão com papéis muito bons e encarregados do núcleo mais interessante do filme.


Escrito por Fábio Campos

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Posted by Pasteleiro On 17:00 1 comentários

NOVIDADES NA PASTELARIA

Há muitos anos, decidi fazer um blog.

Não para criticar os filmes, mas para avacalhar a indústria do clichê; afinal o que eu mais via eram filmes reciclados.

Sabe aquele tipo que você já viu a história e sabe o final, mas que tentaram mudar ele só trocando a época, a situação ou os protagonistas?
Aí veio essa brincadeira de pastelaria (um termo que utilizamos muito em agência de propaganda, quando pedem muitas coisas em pouco tempo, sem priorizar a qualidade, assim como os filmes toscos que encontramos por aí).

Então, de uns tempos para cá, o projeto do blog mudou, inclusive no layout (graças a diversos parceiros que fizeram tudo na base da amizade, aqui vale um agradecimento ao Eduardo Myr e ao Tiago Henrique).

Com a necessidade de conteúdo, busquei cada vez mais sair do lugar comum, então vocês podem ver que temos vários tópicos no blog, como TOP PASTEL, BORDA DO PASTEL, RECEITA CASEIRA entre outros. Porém creio que a maior contribuição veio com a parceria que fiz com o Rodrigo Moia, meu amigo de longa data que chegou para falar sobre músicas (um assunto que sou completamente tapado), filmes e séries. Através dele consegui um sócio no projeto e ainda ganhei apoio de diversos membros da família dele a irmã Marina (que hora ou outra escreve algo na seção dela DOCES DA MARINA) e também o pai dele, Rafael Moia (que logo vai lançar outro livro), que ajuda e muito na revisão.

Essa tarefa de revisar os nossos textos e tentar deixar tudo mais legível é uma das que mais tem gente ajudado, seja a Débora Andreoli, o Wesley Dias ou o Luiz Fernando Pierotti ( que agora também está lançando um livro e vira e mexe nos manda uns textos).

Mas agora quem está lendo deve estar perguntando:

E eu com isso, mané?

É que nesses últimos tempos , eu e o Rodrigo decidimos que a gente precisava expor a opinião além das resenhas.

Pensamos primeiro em um podcast, mas como nos faltava tempo e habilidade, ficamos sempre pulando a data.

Até que surge uma oportunidade melhor ainda!!!! \o/

E muito mais interessante!!! \o/ \o/ Um VÍDEOCAST DO PASTELARIA! HURRA!!!

Uma parceria com o Site Sorockaba, representados pelas criativas figuras do Marcel Marques e Felipe Simon. O primeiro resultado está aqui embaixo, espero que vocês gostem e quem acompanha o blog faz tempo agora tem um rosto para mentalizar naquele cara mal humorado que adora filmes e no grandão amante da música.


Agora chega de blá blá e curtam esse primeiro vídeo do nosso projeto que, de uma forma ou de outra, você que está lendo ou que foi citado nessa página ajudou a realizar.

Um último aviso: quem acompanha o blog pelo twitter, e que eu atendo com indicações, irei programar um dia para responder a todas elas. Fiquem ligados para mais vídeos e novidades.

Luz, câmera e ....




Posted by Pasteleiro On 14:00 0 comentários

PINGANDO ÓLEO - Django (2012)

Respeito e gosto muito do Tarantino. Acho que tenho muito em comum com ele, não digo fisicamente (apesar de várias pessoas que conheço dizerem o contrário, eheh).

O que dividimos é nosso gosto por cinema: ele trabalhou em locadoras e curte aqueles faroestes antigos, filmes de guerra e clássicos japoneses.




Dentre os seus trabalhos, posso destacar que o que mais gosto é “Cães de Aluguel”, uma obra que considera um marco por ter um texto tão apurado e um elenco que parece todo entrosado. Também gosto muito de “Pulp Fiction” e ”Kill Bill”.

“Bastardos Inglórios” e “Django” para mim são dois filmes que são homenageiam os clássicos. O primeiro é claramente inspirado em “Os Doze Condenados” e “Fugindo do Inferno”, o segundo tem um pouquinho de vários clássicos do faroeste, como “Era uma vez no Oeste”, “Django” e “Três Homens em Conflito”.

Concentrando agora um pouco mais em “Django”, a história do ex-escravo que vai resgatar a amada seria um tremendo de um clichê cheio de cenas de romance e lutas bobinhas na mão de outro diretor. Mas Tarantino soube caprichar na história e inserir tantas referências a assuntos tão distintos que você não consegue deixar de prestar atenção.




No elenco, vale destacar quatro personagens: primeiro Jamie Foxx, que chama a responsabilidade como protagonista e entrega um Django frio e calculista, que começa na história como um inocente e termina como o anjo da vingança; depois temos Christopher Waltz, interpretando uma antítese do seu personagem em Bastardos Inglórios; e por fim a dupla de vilões, o surpreendente Leonardo Di Caprio interpretando muito bem um vilão arrogante e carismático (ao seu modo) e Samuel L. Jackson em um dos papéis mais odiosos de sua carreira.




Vou agora destacar algumas curiosidades do filme. Primeiro a presença do Django original Franco Nero, que aparece na cena da luta de Mandingo e até conversa com a atual encarnação do Django. Outro ponto a frisar é a presença do cavalo de Jammie Fox no filme como a montaria do personagem. Temos também a presença da dublê e colaboradora de diversos filmes do Tarantino Zoe Bell (a mulher misteriosa disfarçada de capanga na fazenda) e por fim a clássica cena final, que à la Tarantino, é uma homenagem a clássica cena final de “Três Homens em Conflito”.




Depois de tudo isso, só me resta dizer que dos filmes que estão concorrendo ao Oscar, e dos que vi até agora (já assisti “O lado bom da vida”, “Indomável Sonhadora” e “Argo”), com certeza Django é o mais interessante. Mas duvido (e muito) que vá ganhar o prêmio de melhor filme - no máximo por Roteiro Original.


Escrito por Fábio Campos